domingo, 14 de junho de 2015

Capítulo 9 - Lobo Solitário


A primeira sensação é o cheiro.

Cheiro de medo, de alguma forma ele sabe.

Em seguida, a visão. Homens correndo e tropeçando uns nos outros, fitando-o com olhos arregalados e horror estampado na face!

Vocês tão correndo, de mim?

Depois, vem o gosto. Gosto de sangue, de homens vivos e mortos. Ele olha para um homem se arrastando, as costas dilaceradas e um braço arrancado, de onde flui sangue abundante.

Fui eu? Eu fiz isso?

Então vem o som. Som de tiros e gritos, uma mistura de raiva e desespero traduzida em disparos e urros. Seus ouvidos vibram ao som alto.

Parem, esse barulho tá me deixando zonzo!

A dor é a sensação seguinte. As balas atingindo seu corpo e o sangue espirrando por todo lado. Ele cai, grunhindo de dor em um chão banhado em sangue. Seu sangue.

Vocês querem me machucar? Me matar?

E por fim: a raiva. Uma fúria crescendo dentro dele, um fogo capaz de consumir a tudo e a todos, incluindo ele mesmo. Um ódio capaz de tirar a sanidade e qualquer resquício moral, deixando apenas a selvageria brutal.

Desgraçados...desgraçados...desgraçados...

Não há mais lugar para o pensamento, apenas instinto. Ele é um predador, e nada mais que isso.

Agora vocês são minhas presas. Agora vocês tão mortos.



[...]


Em um quarto apertado e mal conservado, o garoto abre os olhos. O barulho de batidas na porta, trazendo-o de volta a realidade.

Seu nome é Andy Valentine, um garoto de cabelos negros quase na altura dos ombros, olhos de um azul escuro, corpo atlético e baixa estatura. Aos quinze anos de vida, uma das poucas certezas que tem é que acordar suado e assustado não é algo de que goste, e depois do horário do colégio novo, muito menos.

— Que merda, não era pra ter faltado de novo. — Resmunga para si mesmo, enquanto veste uma calça e vai na direção da porta, tudo ao som das batidas.

Ao abri-la, se vê diante de um idoso magricela apoiado em uma bengala, usando chapéu e um grosso casaco, encarando-o com um ar de desprezo e falando com bafo de cigarro:  

— Isso lá é hora de dormir? Quando tinha sua idade, as 10h00 eu já tinha trabalhado mais do que você em sua vida inteira.

Andy encara o velho James Costner, dono dessa e das outras duas pensões da cidade além de um prostíbulo, mas disso ele não sabeBoceja preguiçosamente e então responde:

— Perdi a hora, velhote. Devia ter ido pra escola.

— Geração dos infernos essa sua, mal educados e preguiçosos, esperando tudo de mão beijada. Você me deve o aluguel pela nova semana se quiser ficar aqui, ou paga ou tá na rua!

Andy não é conhecido por ter muita paciência, e hoje acordou com ainda menos que o normal.

— Tá bom, velho. Até a noite te pago ou meto o pé.

— ...Acho bom não tentar me enrolar, moleque, não gosto de gente metida a esperta. — O homem então se afasta, o som da bengala marcando o ritmo do seu caminhar arrastado rumo a escada que leva ao andar de baixo.

Aborrecido pelo pesadelo, por adiar novamente sua entrada no colégio novo e pelo ultimato do velho, Andy termina de se vestir, põe a mochila nas costas e decide andar pela cidade. Ele faz um princípio de despedida do seu lar alugado e fedorento da última semana, um lugar velho como seu dono, e tão barato quanto.

O garoto decide fazer um tuor pela cidade, explorando áreas por onde ainda não esteve durante seus primeiros dias nela. Com as últimas notas que sobraram, compra um lanche gorduroso e barato, que vai comendo lentamente, na esperança de que ele o sustente até o fim do dia.

Mudar de cidade era necessário. Depois de tantas casas invadidas para roubar, uma hora ele acabaria ficando marcado, e nada pior para um ladrão que isso. Sem falar nas brigas, Andy mandou tanta gente para o hospital só no último ano, que devem estar todos superlotados. Diferente da sua cidade natal, Bleak Hill é pequena e pacata, com pouco policiamento e cheia de casas grandes, com terrenos maiores ainda, de muros baixos e cerca quebrada. Uma cidade com grande potencial para alguém como ele.

Mas embora não queira pensar nisso, ele sabe que o principal motivo para vir para esse lugar é outro: o medo. Medo de que aquilo que ocorreu com ele no mês passado volte a acontecer. Medo de que o pesadelo que o persegue por todas as noites nas últimas semanas, se torne realidade novamente. Medo de voltar a ser um mons...

— Ei, garoto! — sua reflexão é cortada pela voz de um homem.

De altura mediana, cabelos e olhos castanhos, na casa dos trinta anos, roupa suja de graxa e uma oficina mecânica como cenário de fundo, o homem o encara com curiosidade, enquanto pergunta:

— Tu é novo na cidade, né? Se tiver procurando alguém é só dizer, que o Jimmy aqui conhece todo mundo. — E ele abre os braços, enfatizando a frase.

O garoto raciocina que o jeito intrometido do mecânico deve ser coisa de cidade pequena.

— Jimy, “HUNF”, “HUNF” — Sussurra uma voz de menina, surgindo por traz do mecânico. Uma garota de não mais que quinze anos, com alguma leve semelhança com o sujeito, só que bonita. Cabelos presos e macacão de mecânica sujo, junto ao fato de estar fungando para o cheiro de alguma coisa, emprestam um ar engraçado a ela — Esse cheiro é de...

O tal Jimmy tapa bruscamente a boca da garota, enquanto coloca o braço pelo ombro do Andy, puxando-o para perto, e falando:

— Tá parecendo meio perdido, garoto, tipo um... cachorro sem dono. Precisa de ajuda?

Andy se solta sem dificuldade, se afastando dos olhares estranhos e das perguntas inconvenientes.

— Sei me virar, falou? — responde um Andy desconfiado, deixando para trás um casal de mecânicos com olhos de pura curiosidade.

Muitos passos depois, ele tenta esquecer dos mecânicos, e pensa apenas em analisar a cidade, seus pontos fortes e fracos para seus objetivos ladinos. Após passar o dia todo rodando, viu todo tipo de casas, uma igrejinha clássica e um castelo distante, e se conformou com sua condição de futuro sem-teto. Já com muita fome, ele contempla a noite chegando, e decide voltar para a pensão antes que algo ruim aconteça.

O garoto sabe que precisa urgentemente entrar em um local fechado, e encontrar o velho Costner sentado em frente à entrada da pensão é um mal sinal.

Puts, sem grana o saco de ossos nem vai me deixar entrar, pensa ele.

Andy é naturalmente muito habilidoso, e usa disso para entrar no andar de cima sem ser visto, pulando um muro e escalando uma grade, rumo ao cubículo que chama de quarto. Lugar esse que mal tem espaço para uma cama de solteiro toda torta e um guarda roupas caindo aos pedaços. Sem perceber, se pega fitando o luar, da janela por onde entrou.

Melhor fechar essa merda, conclui.

Ele fecha e deita na cama, pensando no que deixou para traz no lugar de onde veio, e no que pode estar para acontecer.

— Nem é hora de pensar nisso, tenho que arrumar minhas coisas e descobrir como vô sobreviver nessa bosta de cidade no meio do nada — ele fala para si mesmo. — Pelo jeito, vô ter que “trabalhar” mais cedo do que eu esperava.

Terminada a arrumação, com meia dúzia de peças de roupa, um uniforme escolar e uns poucos itens pessoais dentro da mochila, o garoto percebe que já são meia-noite, exatamente como na vez em que aquilo aconteceu. Sente um frio na espinha, uma dor sutilmente começando a espalhar-se por todo corpo, uma febre que fica cada vez mais forte...e a vontade de vê-la. De ver a lua cheia.

Merda, tá acontecendo de novo, conclui.

Ele arrasta os móveis para a frente da porta trancada, enquanto se esforça para resistir com dignidade a dor que só aumenta. Ele sempre foi excepcionalmente resistente, e nessa noite, os céus parecem estar colocando essa qualidade à prova. Andy rilha os dentes enquanto cai de joelhos no chão, tentando não chamar muita atenção para o quarto, enquanto sente uma dor que já teria deixado qualquer outro fora de si.

Ele perde completamente a noção do tempo, enquanto busca manter o controle — e a sanidade. O garoto sente o calor sufocante queimando o corpo todo, e uma raiva intensa: da dor, do velho que vai mandá-lo embora, da cidade e de si mesmo. Após uma luta que pareceu eterna, ele percebe que perdeu. Simplesmente não consegue mais conter!

Ele grita, urra de dor! Seu corpo começa a mudar de um modo sobrenatural, com ossos e músculos se moldando numa nova e monstruosa forma. Pelos brancos começam a crescer por todo corpo, como se fossem agulhas perfurando sua pele para forçar saída, sua boca vai sendo brutalmente rasgada enquanto se abre cada vez mais para dar espaço a presas; garras grandes e afiadas surgindo de dedos que ficam muito maiores que o normal.

Enquanto a dor alcança o seu ápice, ele ouve ao longe o som de batidas na porta e de uma voz conhecida atrás dela. Andy se vê então sobre quatro patas, músculos e tamanho dignos de um monstro de cinema! A dor começa a diminuir, dando lugar a uma vontade louca de correr e caçar. Seus novos sentidos ouvindo a voz do velho Costner gritando do outro lado, o cheiro de tabaco sufocando e enraivecendo o monstro. A janela é arrombada com facilidade por um bicho meio-homem, meio-lobo, que salta sob a luz da lua em direção a floresta, numa demonstração de grande força de vontade para não rasgar o homem em dois e arrancar sua cabeça fora.

Seu mundo é invadido por cheiros de pessoas, de objetos, árvores e bichos. Ele corre, atravessando ruas desertas até chegar aos limites da cidade.

Merda, tudo fede muito forte, pensa o lobo, que até há pouco se chamava Andy.

Ele sente que é dono de um corpo muito forte e rápido, mais que qualquer humano devia ser. E por falar em humanos...

Cheiro de gente, cheiro bom, pensa ele.

Ele se aproxima furtivamente da fonte dos odores, com olhos vermelhos cor de sangue espreitando entre as árvores. Um casal, formado por uma garota negra e um rapaz ruivo, a única fonte de luz vinda de um lampião próximo dos dois, iluminando a garota encostada contra a árvore, com o rapaz entre suas coxas, os dois suando muito entre beijos intensos e mãos que passeiam sobre os corpos um do outro. Ele pode ouvir seus sons, o cheiro do suor e as palavras sem sentido que ele fala enquanto ela ri, sem nem sinal de perceberem-no.

Qual será o gosto deles? — Se pega pensando, enquanto saliva e se aproxima da carne que saciará sua grande fome.

De repente, o horror! A percepção do pensamento, o medo daquilo que se tornou e a fuga como única solução. Tudo vira um grande borrão enquanto o garoto-monstro foge pela floresta, pensando em qualquer coisa que não seja comer, evitando olhar para a lua brilhante no céu, que o convida a abandonar toda humanidade e se juntar aos outros predadores da noite. Ele avança sem destino, se cortando e machucando durante uma corrida insana, tentando achar as palavras para repetir a si mesmo:

Você é o Andy, você é o Andy, você é o Andy...

Ele tenta se agarrar as palavras.

Você é humano, você é humano, você é humano...

Sua luta interna parece levar uma eternidade, até ser bruscamente interrompida, Andy mal tem tempo de sentir o cheiro da criatura e um golpe forte como a batida de um carro o lança contra o chão. Dor, cortes profundos no peito, de onde jorram sangue abundante trazem o garoto de volta a consciência.

Essa coisa tem garras, Andy pensa.

Depois, contempla um monstro tão assustador quanto ele se imagina ser, de pé, logo à sua frente.

— Tu é novo nisso, né? Não consegue controlar a raiva? — pergunta uma voz cavernosa que de alguma forma parece familiar, vinda de um monstro de pelos marrons e olhos negros.

O garoto é tomado pela raiva, mas também pelo medo.

Forte, muito forte.

Por um momento ele se esquece do que se tornou, e se vê como um simples garoto diante de uma criatura saída de um pesadelo. Então um golpe, e depois outro. O garoto monstruoso se vê vítima de uma chuva de poderosos murros, capazes de fazê-lo chocar-se contra as árvores com violência sobre-humana. O sangue começa a embaçar sua visão, a dor e a fome o levando a inconsciência...   

[...]

Andy acorda com o sol no rosto e uma sensação boa de quem dormiu tudo o que precisava, após muito tempo. Cama macia, lençol limpo, tudo muito bom, até perceber que não sabe onde está. Ele se vê em um quarto pequeno, com um guarda roupas e mesinha, cama e itens diversos. Quadros na parede exibem um casal de senhores que não reconhece, assim como uma bebezinha no colo de um garoto com cara de travesso. De repente, barulho de porta abrindo e um sujeito familiar surge.

— Toma! — O mecânico fala, enquanto joga um par de roupas limpas em cima do garoto deitado. — Vista isso, bate um rango e desça a escada para o porão. Temos que resolver umas paradas.

Andy levanta devagar, desorientado, enquanto veste a roupa. — no processo, percebendo que estava nu sob o lençol. — Esfrega os olhos, e sentindo algumas dores onde recebeu os golpes, sai do quarto. A cozinha da casa é grande, com uma mesa de madeira no centro, ovos, bacon e refrigerante por cima. Apoiada na mesa, uma garota já conhecida olha para ele com ar de desprezo.

— A bela adormecida acordou, pensei que tivesse em coma. — Fala a garota da oficina, de cabelos soltos na altura dos ombros, dessa vez vestindo um short largo e uma blusinha da Hello Kitty, enquanto bebe.

— Cala a boca. — resmunga ele. — Onde tá teu marido?

Ela ri e aponta com o pé para uma porta velha à esquerda, o garoto então pega uma porção grande de bacon e enfia na boca, depois vai em direção a porta semiaberta que leva ao porão. Lá embaixo, o mecânico revira um monte de caixas cheirando a mofo, fazendo ratos saírem de seus lares em frenesi, enquanto fala:

— Você é um Licantropo cara, ou lobisomem, se quiser chamar assim. Aposto que ninguém te disse isso ainda, né? — Ele fala, enquanto observa o garoto, e continua o assunto quando confirma, pela expressão dele, que realmente é novo na coisa. — Eu sei disso pois também sou um, e minha irmãzinha Mandy, também. Simples assim.

Andy fica paralisado com a notícia, não que ele não tivesse associado a ideia da transformação na lua cheia em um lobisomem com a experiência que teve, mas ouvir de alguém com todas as letras que você é um bicho de histórias infantis muda tudo. E ainda saber que um mecânico e a irmã adolescente dele também são, torna a coisa ainda mais estranha. Só depois repara em outra coisa:

Irmã, é? Bom saber, ele pensa.

— Isso mesmo que tu deve tá pensando: fui eu que te meti a porrada ontem. — Jimy fala, enquanto move uma prateleira do lugar, seu rosto quadrado suando pelo lugar abafado combinado ao esforço — E vou fazer de novo até você aprender a controlar essa coisa que tem ai dentro, antes que mate algum vizinho ou seja morto.

— Quer dizer que, tem como...controlar? — pergunta um Andy finalmente interessado na conversa.

— Negócio é o seguinte: toda lua cheia é mais difícil de se controlar, e dominar o bicho leva tempo. — Jimmy vai falando enquanto organiza a bagunça e abre espaço, as vezes parando e olhando nos olhos do garoto para enfatizar algum ponto. — E é justo nesse tempo que tu pode fazer uma merda sem tamanho!

Enfim ele termina, tira um pano do bolso, enxuga a testa e encara o Andy com seriedade.

— Tu pode sair daqui agora e mostrar que sabe “se virar”, e aguentar as consequências, quando a merda que fizer explodir. — Alguns passos em direção ao Andy, olhar fixo. — Ou ficar aqui, seguindo minhas ordens até aprender a dominar seu monstro, pelo menos até a semana de lua cheia acabar.

Jimmy aponta para o resultado da arrumação com um gesto: o sótão fedorento, cheio de teias e ratos, um colchão fino e manchado sobre o chão e mais uma diversidade de coisas inúteis, cercando um objeto em especial que chama sua atenção. — E ai, qual tua resposta, garoto?

Andy para um momento para digerir tudo o que ouviu. Ele é um lobisomem, um monstro muito forte e capaz de devorar pessoas. Não foi um pesadelo, ele não é o único e aquilo não vai parar de acontecer. Olha para o sótão, olha para o Jimmy, e por último para a corrente grossa presa na parede com uma coleira de ferro na ponta. Respirando fundo e olhando nos olhos do mecânico, do seu igual tão diferente, dá a única resposta que podia:

— Tô dentro.

[...]

Na noite anterior, na mesma floresta.

Em uma área isolada e deserta, Barry Freeman, um dos irmãos ruivos que por pouco não violentaram a Claire, acredita ter ganho a noite. Ele é filho de Wally Freeman, o enorme e divertido homem que bebeu com Adam Tepes em seu castelo. Adam, cujo poder fez com que o irmão do jovem até essa noite não conseguisse se lembrar do monstro que quase bebeu todo sangue de Barry, e ele mesmo não sabe dizer o que é ou não real do que se lembra. Seja como for, ambos mantêm distância da Claire, o que não se estende a melhor amiga dela, principalmente quando a mesma se oferece tanto para um deles.

Mas tu é uma delícia mesmo, Evelyn. — Ele diz, enquanto explora o corpo da bela garota e chupa seus seios. Mas chega de aquecimento, quero chegar nos finalmente.

Ela ri, se levanta e corre para o mato.

Quer me comer, gatinho? Ela provoca, caminhando em direção ao matagal que os circunda e ficando nua. — Vem pegar, vem.

Ele sorri, tira a calça e vai em direção a ela.

Em meio a fria noite, ele a procura em meio a escuridão. Por algum tempo, ouvem-se apenas sons de risos e brincadeiras da parte dele. Mas esses sons logo se transformam em gritos de desespero, e por fim, em lamentos agonizantes.

Algum tempo depois, ela retorna até onde deixou o lampião e as roupas. A jovem está cheia de sangue nas mãos, mas exibe um sorriso satisfeito enquanto se veste e limpa o sangue com água e um pano que trouxe na bolsa. Então começa a falar com alguém ainda nas sombras.

O safadinho andava comendo as meninas contra a vontade delas, acho que ser comido foi um destino bem merecido. Não acha, amigão?

Não sei se o chefe vai gostar disso, se souber. Mas que tava gostoso, tava. — responde uma voz gutural e monstruosa, vinda de um grande e gordo lobisomem que lambe os beiços. Você devia provar, é viciante.

Sabia que você ia gostar do sujeito.Ela olha para a direção da cidade, e sorrindo pensa consigo mesma:


Viu Clairzinha, esse ai nunca mais mexe com você. Sou ou não uma boa amiga?

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